terça-feira, 4 de junho de 2013


O diagnóstico
          Os dirigentes do Congresso já identificaram o motivo da desmobilização da base aliada nas votações. Na conversa, com a presidente Dilma, mostraram que a antecipação da campanha presidencial também acelerou a da reeleição dos parlamentares. Estes, sofrem intensa pressão das bases por resultados e, estão tensos com o “engessamento” do governo, que não atende os seus pleitos.
Ministros sem autonomia
Os ministros setoriais não conseguem programar o pagamento das emendas parlamentares. Tudo depende do veredito do Planejamento. As grandes obras, e projetos, com liberação de recursos garantidos são as incluídas no PAC. Enquanto isso, com a campanha eleitoral se aproximando, deputados e senadores não conseguem mostrar serviço para as suas bases. “A presidente Dilma quer se reeleger, mas deputados e senadores aliados também”, argumenta um dirigente do Congresso. Aliados dizem que a ministra Ideli Salvatti é vítima desta engrenagem e que leituras “moralistas” são simplificações.

Independente do patamar de avaliação da presidente Dilma, com Aécio, Campos e Marina no páreo, há 80% de chances de haver segundo turno

Renato Pereira
Marqueteiro do senador Aécio Neves, do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes

Ação e reação
O presidente de um partido governista diz que o PT é um dos responsáveis pelos problemas do Executivo no Congresso. Conta que “o PT tem linha direta com as prefeituras, passando por cima de deputados e senadores aliados”.


Os dois lados
O governo Dilma quer que o Congresso determine quanto tempo MPs terão de ser apreciadas pelas comissões especiais, para que elas sejam votadas com mais folga pelos penários da Câmara e do Senado. O comando do Congresso quer que a presidente Dilma tenha um calendário de edição de MPs para não congestionar o trabalho do Legislativo.

Memória
A decisão secreta do TCU, de conceder a seus ministros auxílio refeição retroativo, resgata debate sobre sua utilidade. Na Constituinte, o ex-senador José Paulo Bisol propôs sua extinção e chamava seus ministros de príncipes.

O drama tucano
Os economistas liberais, ligados aos tucanos, continuam pregando que o Brasil precisa de reformas, da previdência e trabalhista. Simpatizantes da candidatura Aécio Neves avaliam que os eleitores associam este discurso à redução de direitos de aposentados e trabalhadores. E, concluem: “Os tucanos têm plano de governo, mas não têm plano de eleição”.

Marina e os verdes
O deputado Sarney Filho (PV-MA), a exemplo do ex-deputado Fernando Gabeira, também defende que os verdes tenham uma só candidatura e acredita que o melhor a fazer é concentrar a votação na ex-ministra Marina Silva (Rede).

A pergunta que não quer calar
Após o Senado não votar a MP 605, o governo anunciou que editaria decreto garantindo a redução da tarifa de energia. Aliados questionam: “Se era possível fazer por decreto, por que uma MP? Porque desgastar a base aliada?” .

O PMDB trata a reunião de ontem, com a presidente Dilma, como institucional. Se fosse partidária, seus líderes e dirigentes teriam de participar.

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