Plano do PT é ter Câmara já e Senado em 2013
A cúpula petista, nas diversas reuniões internas e com a presidente eleita, Dilma Rousseff, reconhece a limitação à Câmara do acordo para o rodízio no comando das Casas do Congresso.
O partido, no entanto, deverá esperar a definição do nome dos ministros do futuro governo para assinar o termo de compromisso apresentado, há dez dias, pelo vice-presidente eleito e presidente do PMDB, Michel Temer (SP), sobre a divisão do comando da Câmara.
No documento, os dois partidos concordam em dividir a presidência nos próximos quatro anos.
A demora na assinatura do acordo pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, provoca desconfiança na cúpula peemedebista.
O partido teme que os petistas estejam trabalhando para permanecer na presidência da Câmara pelos dois biênios.
Ao mesmo tempo em que setores do PT permitem a desconfiança do PMDB inflando o confronto, na cúpula petista, a orientação é evitar precipitações, ter paciência de monge budista e força para conter o que consideram excesso de ousadia dos peemedebistas.
O último ato desse embate foi o anúncio da criação do blocão, minado em seguida pela atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para tentar forçar a composição do ministério de Dilma e isolar o PT na disputa no Legislativo.
Senado. Nos próximos dois anos, os petistas pretendem articular apoios e construir uma candidatura forte para eleger o presidente do Senado para o biênio que vai de fevereiro de 2013 a fevereiro de 2015.
Na desconfiança mútua que persiste entre os dois aliados, o PT considera inseguro ficar nas mãos do PMDB, presidindo a Câmara e o Senado, durante o ano eleitoral, quando estará em jogo a cadeira de Dilma Rousseff.
Perfil. Ainda sem poder para enfrentar o PMDB no Senado, o PT trabalha para influenciar a escolha do peemedebista que presidirá a Casa a partir do próximo ano. O partido quer um nome fiel à presidente eleita Dilma Rousseff e um aliado que não cause transtornos para o governo.
Nesse perfil, agrada o nome do senador eleito e ex-governador Eduardo Braga (PMDB-AM) e estão excluídos os senadores peemedebistas considerados de oposição, Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), e os eleitos, Ivo Cassol (RO) e Luiz Henrique da Silveira (SC).
Caso o atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), queira permanecer no cargo, terá o apoio do PT.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial